Por: Anna Bárbara Tuttoilmondo
Revisão e imagens: Willian Jhonnes

No dia 12 de julho, Richie Kotzen desembarcou em Curitiba para uma apresentação na Ópera de Arame, um dos símbolos da cidade e que, há pouco tempo, passou por uma revitalização para novamente receber shows e espetáculos.

Em turnê de divulgação do seu novo álbum, a Salting Earth World Tour 2017, Kotzen veio acompanhado do The Dead Daisies, supergrupo formado por grandes nomes como John Corabi e Doug Aldrich.

Confira nossas impressões das duas apresentações!

The Dead Daisies

Richie Kotzen: virtuosismo e emoção agitam a Ópera de AramePontualmente às 20h30, o quinteto subiu ao palco com Long Way To Go, seguido de Mexico. Mesmo que a Ópera de Arame não estivesse nem de longe em sua capacidade máxima, o grupo foi muito bem recebido pelo público. Também pudera, formado por nomes já conhecidos do mundo do hard rock, como o guitarrista Doug Aldrich (DIO e o Whitesnake), o baterista Brian Tichy (Pride & Glory, Ozzy, Foreigner), o baixista Marco Mendoza (Thin Linzzy, Withesnake), David Lowy (Red Phoenix, Mink) e John Corabi (Mötley Crüe, Ratt), a grande receptividade do público não era nenhuma surpresa.

Pois bem, o show seguiu com Make Some Noise e um cover de Fortunate Son, um clássico do Creedence Clearwater Revival. Depois de Last Time I Saw, foi a vez de mais um cover, agora do The Wo, Join Together. Mendoza, que foi criado no México, interagiu com o público ora falando em espanhol, ora falando em inglês. Aliás, tanto ele quanto Corabi mostraram carisma por sua proximidade com o público, inclusive anunciando o Meet & Greet.

Deve-se ressaltar que o som da banda faz parte dessa nova safra do hard rock americano, Richie Kotzen: virtuosismo e emoção agitam a Ópera de Aramecuja fórmula pode funcionar muito bem em seu país de origem, mas no Brasil ele ainda não tem tanto impacto, salvo pela animação dos fãs mais fervorosos do estilo.

Já passava das 21H quando Helter Skelter, uma das músicas mais emblemáticas do Beatles, fora entoada pelo grupo. A essa altura, ficava clara que o show já estava quase acabando, dessa vez com Highway Star, do Deep Purple. Encerrando com Midnight Moses, o quarteto despediu-se da plateia e rapidamente deixaram ao palco para receber os fãs no Meet & Greet.

Apesar de ter sido um show muito bem executado por músicos obviamente competentes e ter, de certa forma, agradado o público, não é um show completamente empolgante. É ok, é bacana, mas nada marcante.

Richie Kotzen

Richie Kotzen: virtuosismo e emoção agitam a Ópera de ArameÀs 22h06 foi a vez da atração principal da noite subir ao palco da Ópera de Arame. Richie Kotzen, acompanhado por Mike Bennett na bateria e Dylan Wilson no baixo, iniciou o show com End of The Earth, do seu novo album Salting Earth, seguido de Socialite.

Famoso por integrar grandes nomes do hard rock, como Poison (onde substituiu o guitarrista C.C. Deville), Mr. Big (substituindo o vocalista Paul Gilbert) e, agora, integrando o power trio The Winery Dogs, Kotzen, em seu trabalho solo, mostra todo o seu virtuosismo mesclando seu já conhecido hard rock,, Rock’n’Roll, Jazz, Fusion e Soul.

Richie Kotzen: virtuosismo e emoção agitam a Ópera de Arame

Essa fusão de estilos é facilmente ouvida em Meds, que abriu a apresentação. Seguido de Go Faster, o show toma um novo fôlego ao voltar para o seu característico hard rock que popularizou Kotzen. No entanto, Kotzen não sente medo em aventurar-se em outros estilos e em deixar sua guitarra de lado para apoderar-se do piano elétrico e, em I Would e High, do violão.

O show encerrou com You Can’t Save Me e é impossível não perceber Richie Kotzen está em sua melhor forma. Com domínio sobre sua arte, Kotzen é ousado, centrado e livre para reinventar-se.

 

 

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